Como já devem ter reparado foi-nos proposto um novo projecto - o segundo de um total de três que irão ser realizados - no âmbito da unidade curricular "Design de Comunicação Visual".
O tema, como já devem ter notado, é "A tipografia" ou "Infografia tipográfica". Assim, o objetivo é que nós começemos a ver a letra como matéria visual de representação fónica e como grafismo autónomo da sua função textual e acima de tudo entender a relação entre o universo tipográfico e o universo infográfico.
À semelhança do projecto anterior este também irá contar com uma composição visual, uma recolha fotográfica e uma memória descritiva. A composição visual irá ser realizada com base num texto de um artigo, ou notícia, a partir da qual iremos desenvolver uma infografia apenas recorrendo a elementos tipográficos. Nesta composição a letra deve desempenhar um papel estético e simbólico, associado ao seu valor semântico. O texto que está na base da criação não deve ultrapassar as 500 palavras. A memória descritiva, por sua vez, consiste na justificação e contextualização, de modo detalhado, das escolhas feitas ao nível da tipografia, na concretização gráfica e visual da proposta.
Para a realização deste projecto optei por usar uma notícia como fonte de inspiração. Escolhi esta notícia pelo facto de ter um impacto enorme, de ser chocante e estar envolta em sentimentos e emoções. O próprio título está carregado de significado e de um sensacionalismo único que penso que será muito interessante de tentar representar utilizando apenas elementos do universo tipográfico.
Deixo, em baixo, a transcrição da mesma:
Terrorismo: atentados que assustaram o mundo
Na segunda-feira, o terrorismo voltou a assustar o mundo. Mais de 38 pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas em atentados perpetrados por duas mulheres-bomba em estações centrais do metrô de Moscou. O governo russo acusa grupos separatistas do Cáucaso do Norte de planejarem os ataques – apesar de nenhum grupo ter assumido a autoria das ações até o momento.
O primeiro grande atentado do século XXI ocorreu em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Na ocasião, o país mais poderoso do mundo viu ícones de sua identidade nacional serem alvejados com desconcertante facilidade. Dois aviões sequestrados por terroristas da rede Al-Qaeda puseram abaixo as torres gêmeas do World Trade Center. Uma terceira aeronave foi lançada sobre o Pentágono, sede do poder militar dos EUA, nos arredores de Washington. No total, mais de 5.000 pessoas morreram. Os ataques mudaram a cara do terror internacional.
Em 2004, o 11 de março teve para os espanhóis o mesmo peso que o 11 de setembro teve para os americanos – o dia da infâmia terrorista. Naquela data, uma série de bombas explodidas em trens metropolitanos matou mais de 200 pessoas e deixou quase 1.500 feridos em Madri. Foi a maior carnificina numa grande capital europeia desde a II Guerra Mundial. O crime monstruoso, perpetrado contra vítimas inocentes a caminho do trabalho, deixou uma dúvida: o autor. Inicialmente, o governo espanhol acusou o grupo separatista basco ETA. Mais tarde surgiram indícios de que se poderia tratar de nova investida dos fanáticos da Al Qaeda.
O ano de 2004 também marcou o terrorismo na Rússia. O assalto a cerca de 1.200 inocentes aconteceu em Beslan e teve início quando três dezenas de terroristas invadiram o ginásio de uma escola, onde pais e alunos comemoravam o primeiro dia de aula do ano letivo russo. A ação terrorista durou três dias e só terminou quando forças policiais russas mataram a maioria dos terroristas e libertaram os reféns sobreviventes. Em uma primeira contagem foram encontrados mais de 200 mortos, incluídos os adultos. Mais de 700 feridos foram atendidos em hospitais e tendas médicas improvisadas. O ataque foi perpetrado por terroristas chechenos e árabes.
Um ano mais tarde foi a vez de Londres. Em julho de 2005, uma série de bombas no sistema de transporte público da capital londrina acrescentou nova data ao calendário da infâmia. Foram quatro explosões, três delas em trens do metrô e a última no interior de um ônibus. Detonados de forma coordenada no horário de maior movimento na área central da cidade, deixaram mais de 50 mortos e 700 feridos, muitos em estado grave. Londres constituiu-se em alvo óbvio por reunir características que o fundamentalismo muçulmano abomina. Um grande centro financeiro mundial, síntese do Ocidente e do capitalismo moderno, metrópole cosmopolita, tolerante com a diversidade humana e berço da democracia. Por fim, o governo inglês foi o único dos grandes da Europa que seguiu o ex-presidente americano George W. Bush no Iraque.
Em um dos atentados mais recentes, a Índia foi o palco do terror. Em 2008, um grupo de cerca de trinta terroristas espalhou-se pela área turística de Mumbai num frenesi de massacres em pontos diferentes da cidade. Por fim, os terroristas se entrincheiraram em três locais: os hotéis Taj Mahal e Oberoi-Trident, os mais luxuosos da cidade, e em um centro religioso judaico localizado em uma galeria comercial, fazendo centenas de reféns. O saldo final ultrapassou os 200 mortos e 400 feridos.
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