Depois de entender no que consiste a infografia importa entender quando se deve utilizá-la, e foi esse o objectivo das próximas pesquisas que aqui apresento:
Quando devemos utilizar a infografia ?
A principal função da infografia, como já vimos, é a de facilitar a comunicação, facilitar a compreensão dos leitores, permitir uma visão geral dos acontecimentos e detalhar informações que sejam menos familiares a esse mesmo leitor.
É perceptível que os acontecimentos de grande magnitude – tais como guerras, catástrofes e descobertas científicas – merecem um tratamento infográfico de maior dimensão nos meios de comunicação.
Existem então situações em que o jornalista deve usar a infografia: quando não há fotografias referentes à notícia ou quando as existentes não passam informação suficiente; quando a notícia ainda tem diversas incógnitas (pormenores por descobrir); para dar uma explicação mais detalhada; para mostrar o interior de uma construção; para explicar algo relativo a um desporto específico; para transmitir informação relativa a fenómenos espaciais ou naturais; para destacar determinados detalhes; para divulgar fatos culturais (como um concerto); para apresentar um estratégia usada por um grupo militar; para aconselhar/ alertar a população para os perigos de certos comportamentos e decisões; para comparar tamanhos e dimensões; entre muitas outras situações.
Segundo Jordi Clapers se a síntese de uma notícia for o conteúdo do infográfico então qualquer tema jornalístico pode ser infografado.
E o que é um bom infográfico ?
Um bom infográfico é aquele que:
- cria um sentido independentemente da matéria com a qual vai trabalhar;
- consegue aliar a infografia ao texto sem ser redundante;
- procura sempre outra outra perspectiva, outro modo de dizer as coisas;
- procura ajudar o leitor a compreender o conteúdo da notícia
- procura permitir uma leitura facilitada.
A missão do infografista pode ser resumida à ideia que se tem que: ‘Informar com Impacto’.
Para isso tem que se ultrapassar diversas dificuldades: se a infografia atrapalhar a mensagem do cliente então houve uma falha; se o leitor não conseguir capturar a informação em segundos então houve uma falha. Neste sentido, não importa que a infografia seja muito trabalhada e atrativa visualmente mas que haja uma conexão entre o olho e o cérebro que não atrapalhe o entendimento.
Por fim, Richard Saul Wurman, designer gráfico, diz que “o reino do entendimento é governado por um imperador, o Infográfico”. E que na infografia a complexidade é vista com mais clareza, o tempo é feito para ser parado e observado numa linha de tempo (time-line), coisas de valores incomparáveis tornam-se comparativas e passíveis de serem analisadas e, por fim, as localidades tornam-se orientáveis.
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